Delivery por drones: teria o Covid-19 acelerado essa nova realidade?

Delivery por drones: teria o Covid-19 acelerado essa nova realidade?

Primeiramente o drone era utilizado como equipamento militar, em seguida se tornou brinquedo de fãs de tecnologia e, em pouco tempo, passou a ser utilizado ou considerado por marcas e empresas para outros fins que não só a captação de imagens aéreas. 

Em tempos de isolamento social e alta nos pedidos de delivery, essa alternativa vem à tona e preenche lacunas que vão além da eficiência logística. A segurança dos portadores de entregas também seria garantida. Mas poupar a exposição dessas pessoas também acarretaria o corte de renda de uma série de trabalhadores. Afinal, os drones são uma boa solução? Como poderiam ser utilizados e como será o futuro do delivery?

Em 2019, esse foi um tópico bastante explorado. A Amazon anunciou que começaria a entregar por drones em breve e que conseguiria fazer uma entrega a 24km de distância em apenas 30 minutos. No setor de alimentos, a Uber Eats também havia iniciado testes de entregas em San Diego e planejava iniciar as operações ainda em 2020. 

Ainda não temos notícias de quando esse serviço começa, efetivamente, a funcionar. Mas já temos visto drones sendo utilizado para fins emergenciais, como o transporte de equipamentos médicos entre hospitais na China ou a esterilização das ruas de Dubai durante a pandemia.

Em São Paulo, o iFood iniciou testes também em 2019. Mas para os que estavam curiosos para entender como a operação vai funcionar, essa nova modalidade não dispensaria os entregadores. Os drones seriam utilizados apenas como suporte e não como substitutos. “O drone ainda não fará entregas na janela dos clientes. A ideia é que ele complemente a operação dos modais tradicionais. Em um shopping, por exemplo, os entregadores podem levar até 12 minutos para retirar o pedido no restaurante e, com o uso do drone, esse tempo varia entre 30 segundos e 1 minuto”, explica Roberto Gandolfo, diretor de Logística do iFood. Dessa forma, os drones levariam os pedidos até um centro de distribuição para que os entregadores terminem o serviço.

Já ouviu falar em “droneports”?

Essa ideia testada pelo iFood em São Paulo exemplifica bem o que é um “droneport”, ou aeroporto de drones. Com esses pontos únicos de entrega, os pedidos ficam centralizados e prontos para serem retirados, por entregadores ou pelo consumidor final (como um drive thru). 

Essa é uma solução interessante, já que possibilita a entrega em escala e provê o ambiente ideal para a aterrissagem do drone com os pedidos.

Os drones podem circular livremente?

É válido saber que desde 2017 o uso de drones é regulamentado no Brasil. Todos os vôos  necessitam de autorização prévia da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo matéria publicada no Nexo Jornal, as regras são válidas para o uso dos veículos aéreos não tripulados no território brasileiro independentemente do fim para o qual ele levantou voo.

Outro ponto importante é sobre a infraestrutura necessária para que a circulação desses equipamentos seja mais comum. Em todo o mundo, de acordo com o The National, estão em andamento trabalhos para criar sistemas de gerenciamento de tráfego não tripulado, para estabelecer um controle aéreo que assegure segurança e legalidade nas operações.

Outras implicações

Ao entender melhor esses equipamentos, descobrimos que a capacidade da maioria deles é pequena. O drone Prime Air da Amazon, por exemplo, pode transportar apenas 2,2kg. No teste realizado pela Uber Eats, foi dito que o drone também teria capacidade para entregar refeição para apenas 2 pessoas por viagem. Ou seja, por enquanto, esse já é um limitador para que os serviços de entrega por portadores sejam completamente substituídos.

Outra questão está ligada à privacidade e alcance de coleta de informações desses dispositivos. Como os voos são baixos e os drones operam com câmeras e sensores, como ficaria a questão de privacidade da população em geral? E o ruído? O quanto esses equipamentos poderiam nos incomodar? Ainda não temos essas respostas, mas sabemos que na atual crise, algumas dessas preocupações podem ser deixadas de lado. E você, faria um pedido delivery por drone?

comportamento, tendências, muita comida e bebida.

Leave a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *