Sem tirar a carteira do bolso

Sem tirar a carteira do bolso

Já falamos aqui sobre algumas tendências no segmento de alimentos, bebidas e hospitalidade que temos visto por aí – como as marcas tomando partido e as marmitas gerando novos modelos de negócio. E nessa semana vamos falar sobre os novos sistemas de pagamento que estão surgindo para tornar a última etapa de uma experiência fora de casa (seja uma refeição ou uma hospedagem) mais prática.

Acreditamos que será cada vez mais raro ver alguém tirando um cartão do bolso para pagar pela sua refeição.Os cartões de débito e crédito são o padrão, usados seja para pagar por um eletrodoméstico ou para o pastelzinho da feira. Com novas tecnologias ligadas ao dinheiro, como as carteiras digitais, aplicativos e criptomoedas, os cartões – e as maquininhas – podem ficar no passado em breve. 

Na edição de 2019 do SXSW, evento de inovação e tecnologia de Austin (EUA), boa parte das transações financeiras foram feitas por meio de apps, sem a necessidade de dinheiro ou cartões físicos. Já nos acostumamos a pagar o Uber ou o 99 pelo aplicativo, assim como a não levar mais o cartão para a portaria do prédio para pagar pela pizza que pedimos no iFood. 

Apps de pagamento: uma realidade agora também do mundo offiline

Aplicativo Qikserve – pedido e pagamento via app dentro do restaurante

A flexibilidade de pagamento que os apps de entrega oferecem ao consumidor começaram, agora, a migrar para os ambientes físicos. Aplicativos em que você cadastra seus cartões e carrega créditos para serem usados no estabelecimento agilizam o pagamento, sem a necessidade de ir até um caixa. 

O aplicativo Qikserve, por exemplo, permite que o cliente faça o pedido e o pagamento via app, como nos deliveries. Mas a diferença é que você está no próprio estabelecimento, sem a necessidade de alguém para tirar os pedidos ou de um caixa para receber o dinheiro. 

Outra mudança no dinheiro que vai impactar os pagamentos são as criptomoedas. Com o blockchain, sistema que torna as transações financeiras rastreáveis, mais rápidas e confiáveis, o consumidor passa a querer métodos de pagamento que integrem as criptomoedas com seus cartões, como o Coinwise, que permite o pagamento de serviços em criptomoeadas. O atendente insere o valor e o app calcula o equivalente na moeda desejada. Por meio de um QR code, o cliente escaneia o valor com o app PayWise e faz o pagamento. Estabelecimentos como A Casa do Porco já utilizam esse sistema. 

As facilidades podem envolver mais do que as fronteiras do restaurante, para que toda a experiência seja otimizada. Como o sistema de vallet gratuito da Visa para clientes dos cartões Platinum e Infinite. Quem gasta a partir de R$100 no estabelecimento parceiro pode validar o ticket do valet no momento do pagamento da conta, sem precisar tirar novamente a carteira do bolso na hora de pegar o carro 

Efeito Black Mirror?

Além dos apps, o uso de dados também vai transformar os pagamentos. Já é possível acessar escritórios, hotéis, e sua própria casa, além de pagar por serviços por meio do reconhecimento da íris e biometria. Pelo serviço da empresa Clear, por exemplo, você faz um cadastro e suas características físicas – digital e olhos – são transformadas em um código que atesta a sua identidade. Com ele, é possível fazer pagamentos apenas com o olhar e acessar locais públicos de forma mais rápida e segura – sem precisar tirar a carteira do bolso para se identificar. 

Esta é uma tendência que afeta diretamente a operação da marca. A promessa é diminuir o tempo de espera do cliente, agilizar seus pedidos e pagamentos, tornando o serviço mais rápido e menos complicado. Sitemas como o Easy Chopp, de autosserviço, oferecem ao cliente um cartão recarregável para o consumo de chopp. O controle é feito por ml, e o cliente só precisa carregar o cartão uma vez para consumir a bebida – pelo menos enquanto durar o saldo. 

Easy Chopp – a bebida é retirada pelo próprio cliente com um cartão recarregável

Na prática, investir nesse tipo de tecnologia significa uma otimização na operação da equipe do estabelecimento (seja um restaurante, bar ou hotel) e uma sensação de praticidade para o cliente final. O que parece o começo de um movimento hoje, provavelmente deve virar uma realidade de mercado amanhã!

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